quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Música Dita, dura?

Todos estão cansados de saber que a maior efervescência da produção musical brasileira aconteceu na era dos festivais. Em que o tropicalismo surge, a música de Geraldo Vandré vira hino nacional e Chico Buarque mesmo sendo considerado conservador pela vanguarda tropicalista, produz músicas que se tornam armas contra a repressão na ditadura militar.
Os festivais eram a principal vitrine da MPB e retratava com clareza e fervor a condição social do país.
A indústria cultural já mostrava suas garras e nada passava longe do mercado musical. Porém existia uma grande diferença dos dias atuais: todos eram, mesmo que sem querer, movidos por uma mesma força; o comprometimento com a letra das músicas.
E é principalmente dessa “sutil” diferença que tratarei aqui nesse blog. Essa diferença que para mim é o que grita ainda alto em meus ouvidos quando ouço músicas demasiadamente despretensiosas.
Não tenho a intenção de ser redundante e trazer apenas informação sobre a ditadura militar. Mas pretendo falar sobre a música atual, usando como pano de fundo o que já foi produzido de mais valioso para o acervo da música popular brasileira.
Falar que compositores como Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil marcaram época e que Gal Costa, Elis Regina e Nara Leão interpretaram perfeitamente as canções compostas por eles seria ressaltar algo muito discutido e sentido por qualquer ouvinte da música brasileira.
Mostrar o outro lado da moeda, o que ouvimos por aí nos dias de hoje, nos bares, nas rádios, na TV e na internet é que será meu grande desafio...


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