sexta-feira, 11 de maio de 2012

Chico Buarque de Holanda

Ah o Chico!

Chico mudou e continuou o mesmo. Admirável essa condição que o cantor se colocou. Ele segue uma linha atemporal, não segue nenhum discurso político e nem tenta ser moderno.

Com o seu último CD, Chico fez músicas bobas, músicas densas, descomprometidas. Mas não saiu do seu estilo, não deixou que a qualidade musical caísse em nenhum instante.

Na sua última temporada de shows emocionou fãs que lotaram a casa de shows “HSBC Brasil”, fãs que iam desde crianças até senhores que se emocionavam com as palavras musicadas de Chico, ou a música de palavras.

Sua única tentativa de fazer algo moderno foi cantar o refrão do rap que o cantor Criolo fez para a música Cálice, “Afasta de mim a biqueira, pai/ Afasta de mim as biate, pai/ Afasta de mim a coqueine,pai/ Pois na quebrada escorre sangue”.

Mesmo assim a letra tem cunho social visível. Não houve arranjo com batidas eletrônicas, nada além de Chico. A banda era a mesma de sempre, impecável, entrosada. Ele era o mesmo de sempre, simplesmente o Chico.